“Essa peça tem beijo gay”
Sob direção de Dadado de Freitas, o texto escrito e encenado por Leandro Fazolla e Rohan Baruck leva à cena a discussão reflexiva de um casal que, diante uma censura indireta, debatem sobre o quão visíveis ou privados podem ser seus afetos

Qual o problema de um beijo? Por que um beijo ainda hoje pode causar repulsa e espanto? Provocando uma reflexão cênica acerca da pergunta, estreia dia 26 de junho às 19h no Teatro II do Sesc Tijuca o espetáculo “Essa peça tem beijo gay”, texto inédito escrito por Leandro Fazolla e Rohan Baruck, que também sobem ao palco sob a direção de Dadado de Freitas. O que poderia ser um ato cotidiano gera um dilema sobre limites pessoais e o impacto das escolhas em um tempo onde o amor entre iguais ainda permanece sob constante suspeita e até vigilância.
A montagem, selecionada pelo edital SESC Pulsar RJ, questiona quais afetos podem ser visíveis, quais ainda são interditados e a noção de público e privado, quando decisões aparentemente comuns podem ter desdobramentos maiores do que se imagina. A temática da montagem, comum aos autores e a boa parte da equipe, formada em sua maioria por profissionais LGBTQIAPN+, nasceu do desejo de Leandro e Rohan, um casal também fora de cena, de trabalharem juntos e terem no assunto um mesmo objetivo de debate.
“Fomos atravessados por diversas notícias em que o chamado ‘beijo gay’ estava no centro da discussão, desde a censura do ex-prefeito Crivella na Bienal do Livro de 2019 até o alarde feito na imprensa sobre um ou outro beijo gay nas novelas. E pensamos que este poderia ser um tema a partir do qual poderíamos abordar nossas vivências. Então, desenvolvemos um conflito em que os dois personagens pudessem tensionar sua relação e pensamentos sobre a própria comunidade LGBTQIAPN+”, resume Leandro.
A partir de um conflito central envolvendo dois personagens – uma foto de beijo circulando nas redes sociais – o texto se abre para novas camadas, flertando com a autoficção, trazendo conflitos comuns aos autores, sobretudo a partir de suas origens em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A dramaturgia problematiza como a visão da sociedade sobre os corpos dissidentes interfere nas vidas e formas de se colocar no mundo.
A peça estreia no dia 26 de junho, em pleno mês da diversidade, uma efeméride mundial que relembra a Revolta de Stonewall, quando em 28 de junho de 1969, a comunidade LGBTQIAPN+ se insurgiu contra a repressão policial em um bar no Estados Unidos, tornando-se um marco pelos direitos civis neste campo.
SERVIÇO
“ESSA PEÇA TEM BEIJO GAY”
Temporada: 26 de junho a 27 de julho de 2025*
Horário: Quinta-feira a sábado, às 19h; Domingo, às 18h
*Não haverá apresentação entre os dias 10 e 13 de julho.
Sessões com intérprete de LIBRAS: 27 de junho; 05, 18 e 26 de julho
Ingressos: R$ 10 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira), Gratuito (PCG)
Local: Sesc Tijuca – Teatro 2
Endereço: Rua Barão de Mesquita, nº 539 – Tijuca
Tel.: (21) 2274-7246
Bilheteria – Horário de funcionamento:
Terça a sexta – das 8h às 19h30;
Sábados – das 9h às 19h;
Domingos – das 9h às 18h.
Classificação Indicativa: 14 anos
Duração: 70 minutos
Gênero: Drama
Instagram: @essapecatembeijo
FICHA TÉCNICA
Idealização, dramaturgia e atuação: Leandro Fazolla e Rohan Baruck
Direção artística e supervisão dramatúrgica: Dadado de Freitas
Direção de movimentos: Maurício Lima
Direção Musical: Bèá Ayòóla
Cenografia: Maurício Bispo
Figurino: Flávio Souza
Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni
Direção de produção: Stephany Lopez
Produção Executiva: Nilda Andrade
Assistente de Produção (acolhimento de PCD): Fran Dutra
Intérprete de LIBRAS: Claudia Chelque
Operação de Luz: Rafa Domi
Fotografia: Higor Nery
Gestão de Redes Sociais: VB Digital – Diogo Nasi e Victor Braga
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação
Coordenação de Projeto: Leandro Fazolla e Rohan Baruck | RBARUCK