Caetano volta com “Abraçaço” ao RJ

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O cantor e compositor Caetano Veloso traz novamente ao Rio o show que ele estreou na cidade há um ano, mas agora em vez do Circo Voador o músico sobe ao grandioso palco do Barra Music na zona oeste.

Cantar num palco pelo qual normalmente passam artistas de funk e pagode não é uma questão para Caetano — que, por diversas vezes, já fez elogios aos chamados gêneros populares e seus artistas. O cantor e compositor conta que espera “tudo de bom” do público local.

“‘Abraçaço’ tem corrido o Brasil e sempre com acolhida surpreendentemente calorosa. Tivemos que voltar a várias praças. No Barra, na Barra, será a terceira ou quarta vez que o show volta ao Rio. A Zona Oeste tem uma vida toda própria e espero que sejamos todos felizes quando o ‘Abraçaço’ chegar lá”, torce ele.

A ideia da apresentação partiu do próprio Barra Music. “Caetano é um ícone da música popular brasileira, a casa tem feito shows para todos os públicos, com preços populares e tentando atingir os que não podem ver um artista tão renomado como Caetano pagando caro. Temos ingressos a partir de R$ 30 a meia”, explica o gerente artístico do local, Marcus Ponte.

Caetano garante que não haverá grandes mudanças no repertório da apresentação, baseado no disco ‘Abraçaço’ (2012). “Em toda parte, temos feito basicamente o show que estreou no Circo Voador há mais de um ano. Mudanças sempre há, com o passar do tempo. Mas a estrutura é a mesma”, garante ele. Nos shows anteriores no Rio, sucessos antigos, como ‘Mãe’ e ‘Reconvexo’ se uniram às novas ‘A Bossa Nova é Foda’, ‘Um Abraçaço’ e ‘Quero Ser Justo’, entre outras canções.

O show já rodou diversos países, e o artista já perdeu a conta de quantas cidades visitou. “Não sei dizer. Estivemos na Europa, numa excursão longa que passou por seis cidades italianas, foi de Barcelona a Liubliana, de Estocolmo a Madri, da Sardenha a Londres. E agora acabo de dar uma volta pelos Estados Unidos, indo de Miami a Seattle, de Sacramento a Oakland, deLos Angeles a Nova York”, descreve. Em novembro, ‘Abraçaço’ segue para Argentina e Chile.

O mais recente disco de Caetano é o último da trilogia do artista com a Banda Cê (formada por Pedro Sá na guitarra, Ricardo Dias Gomes no baixo e Marcelo Callado na bateria) e rendeu reações de crítica e público inesperadas para ele.

“O sucesso de ‘Abraçaço’ me surpreende desde a estreia. E alguns shows em particular me surpreenderam: o do (festival) Primavera Sound de Barcelona, o de Oakland, o da primeira noite em Nova York. Pareceram algo melhor do que eu próprio entendo que o ‘Abraçaço’ seja”, diz, modesto.

Por falar em Banda Cê, o fim da trilogia ao lado dos músicos — que ainda conta com os álbuns ‘Cê’ (2006) e ‘Zii e Zie’ (2009) — não necessariamente significa que Caetano Veloso irá se separar dos rapazes. “Não planejei nada ainda. Não me imagino tocando sem Pedro, Ricardo e Marcelo. Mas acho que, se seguirmos juntos, faremos algo muito diferente do que fizemos até aqui.”

Ele conta que já tem duas músicas novas começadas, e não deve avançar muito nisso por enquanto, já que não costuma criar composições quando está na estrada. “Fazia isso nos anos 1970. Já faz tempo que deixo para compor em casa. De preferência na Bahia, durante o verão”, explica. O público, pelo visto, não tem a menor pressa. 

BARRA MUSIC. Avenida Ayrton Senna 5.850, Jacarepaguá (3303-1000).

Dia 23, às 22h. Show à meia-noite.

De R$ 60 (pista) a R$ 1.200 (camarote para quatro pessoas). Meia-entrada para estudantes e idosos.

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