Orquestra Petrobras Sinfônica encerra a temporada da série Portinari no Theatro Municipal do RJ

Fechando a temporada da série Portinari, a Orquestra Petrobras Sinfônica apresentará concerto no próximo dia 24 de novembro (sábado), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com regência de  Isaac Karabtchevsky, Diretor Artístico e Regente Titular do conjunto, e o solista Hugo Pilger (violoncelo). O programa contará com obras de Heitor Villa-Lobos e Maurice Ravel.

 O concerto abrirá com o segundo movimento, “Lento”, da Sinfonia n° 6 “Sobre as linhas das montanhas”, de Heitor Villa-Lobos. Dedicada à Mindinha, sua esposa, Villa-Lobos celebra a geografia brasileira se inspirando no movimento das montanhas para compor uma sinfonia repleta de escalas ascendentes e descendentes. Na sequência a Petrobras Sinfônica apresentará Fantasia para violoncelo e orquestra também de Villa-Lobos, com o violoncelista Hugo Pilger como solista. A obra ainda é pouco executada nas salas de concerto e nos últimos anos vem ganhando maior visibilidade devido a pesquisadores dedicados como o próprio Pilger, que é autor de diversos estudos sobre a obra para violoncelo do compositor, incluindo o livro “Heitor Villa-Lobos, o violoncelo e seu idiomatismo”.

 A apresentação fechará com Pavane pour une infante défunte e Daphnis et Chloé: suite n° 2, de Maurice Ravel. Para escrever essa peça, Ravel se inspirou na obra A Família de Felipe IV, de 1656, do pintor espanhol Diogo Velásquez. Já Daphnis et Chloé: suite n° 2, foi encomendada pelo empresário da companhia Ballets Russes, Sergei Diaghilev. A suíte foi inspirada pelo romance pastoril Dáfnis e Cloé – do poeta grego Longus. 

“São primordiais as relações entre Villa-Lobos e o impressionismo francês. O compositor, uma verdadeira ‘esponja’ estilística, absorvia tudo, desde d’Indy aos mestres da escola francesa, incluindo Ravel, e prestava enorme atenção àquilo que se processava em Viena em torno de Schoenberg. Nosso programa evidencia essas influências e transfigurações, propiciando uma visão palpitante, através da mente perspicaz e sutil de Villa-Lobos, o grande universo estético da Europa do início do séc. XX até o início da segunda Guerra Mundial”, comenta o maestro Isaac Karabtchevsky. 

“Posso afirmar que, como brasileiro e violoncelista, interpretar Villa-Lobos é sempre uma experiência enriquecedora. Dividir o palco com a orquestra da qual faço parte, sendo regido pelo maestro Isaac Karabtchevsky, apresentando a obra objeto de minha tese de doutorado, torna este momento mais especial ainda! A Fantasia para violoncelo e orquestra teve sua estreia neste mesmo palco em 1946, tendo como solista Iberê Gomes Grosso e como regente Heitor Villa-Lobos à frente da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. É, a meu ver, uma das principais criações do compositor brasileiro. Além de exigir muito tecnicamente do solista, a obra traz inovações como, por exemplo, o uso em seu efetivo do Novacorde, considerado o avô do sintetizador moderno”, completa o solista Hugo Pilger.

Programação

 Isaac Karabtchevsky, regente

Hugo Pilger, violoncelo

HEITOR VILLA-LOBOS

 

Sinfonia n° 6 “Sobre as linhas das montanhas”

II. Lento

 

Fantasia para violoncelo e orquestra

I. Largo

II. Molto vivace

III. Allegro expressivo

 

MAURICE RAVEL

Pavane pour une infante défunte (Pavana para uma princesa morta)

 

Daphnis et Chloé: Suite n° 2

I. Lever du jour (Nascer do sol)

II. Pantomime (Pantomima)

III. Danse Générale (Dança geral)

 

Serviço

 Data: 24/11 (sábado)

Horário: 16h

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Praça Floriano, S/N – Centro

Telefones: (21) 2332-9191

Ingressos: R$ 96 (plateia e balcão nobre); R$ 50 (balcão simples); R$ 20 (galeria); R$ 576 (camarote e frisa). Desconto de 50% para idosos e estudantes.

Ingressos na bilheteria e no site ingressorapido.com.br 

Capacidade: 2.252 lugares           

Classificação: livre

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