A violência contra a mulher é o tema de “Vil”

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Depois do sucesso em 2015 com a montagem de “Abajur Lilás”, de Plínio Marcos (indicada ao Prêmio Shell de Melhor Direção), a VIL CIA. volta à cena com sua mais nova montagem, “VIL”. A peça trata daviolência contra a mulher, com narrativas construídas a partir de dados, fatos e relatos reais de mulheres de diferentes segmentos sociais que sofreram com a violência doméstica.

 Com direção de Renato Carrera, a peça tem dramaturgia assinada pela VIL CIA, livremente inspirada em texto homônimo do dramaturgo Rodrigo de Roure. No elenco estão Larissa Siqueira, Andreza Bittencourt, Laura Nielsen, Beta Schneider, Dani Ornellas (atualmente no ar na novela “Liberdade, Liberdade” como a escrava Jacinta), Sérgio Medeiros, Higor Campagnaro e Alice Morena como stand in.

 “VIL” é a terceira parte da trilogia “Tempos de Paz”, iniciada com a peça “Hipnose” (texto de Marcia Zanelatto), que tratava da violência urbana, e seguida por “Abajur Lilás” (de Plínio Marcos), ambas montadas em 2015. A trilogia nasceu em 2014, durante a pesquisa “Estudos Para Peça Nenhuma”, quando se reuniram sob a direção de Renato Carrera atores, músicos, cineastas e artistas plásticos, em torno dos temas “violência e memória“.

 A iniciativa da VIL CIA chega em boa hora, os números comprovam:

 Atualmente, 125 países possuem leis específicas de proteção à mulher, sendo que a legislação brasileira (Lei Maria da Penha) é considerada uma das três mais avançadas do mundo. Apesar do avanço legislativo, o Brasil é o 7º país, em uma lista de 84, com o maior número de homicídios de mulheres (Mapa da Violência 2012). Em 2010 foram 10 mulheres mortas por dia, sendo 7 delas pelas mãos daqueles com quem detinham uma relação de afeto (marido, ex-marido, noivo, ex-noivo, namorado, ex-namorado, etc.). O ano de 2013 foi apontado pela Superintendência de Promoção dos Direitos e de Políticas para a Mulher como o mais violento para as mulheres nos últimos 5 anos. 133 mulheres foram mortas pelo companheiro, 2 homicídios a mais que no ano anterior.

 “Talvez esteja dentro de casa o início de tudo. Nas relações pessoais e principalmente na relação ‘homem-mulher’ a base deste ‘estado de violência’ que cada vez mais se acentua na nossa sociedade. O bicho-homem, hoje em dia, se apresenta como ser superior e desestruturador, acuado, com medo do poder que a mulher vem assumindo no mundo e que nunca devia ter deixado de ser. “, afirma Renato Carrera.

 A peça integra o projeto “Mulheres em Cena — Corpo e Violência“, do SESC Rio, que apresenta leituras, debates, filmes e peças acerca do tema, e acontece no Espaço SESC entre os dias 24 de maio e 26 de junho.

Serviço : VIL

Temporada: 02 a 26 de junho 

Local: Teatro de Arena Espaço SESC

R. Domingos Ferreira, 160 – Copacabana / RJ   Tel: (21) 2547-0156

Horários: 4a a sábado, às 20h30; domingo, às 19h / Duração: 1h30 / Classificação etária: 16 anos / Ingressos: R$ 20,00, R$10,00 (meia) e R$,00 (associados SESC) / Gênero: Drama

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