Leblon tem ‘Sangue’
Através da história de um casal exilado durante a ditadura chilena, e em busca de seu filho desaparecido, a peça mergulha nos eventuais desdobramentos de famílias atravessadas pela migração forçada, seja ela fruto do exílio político ou da situação de refúgio. O espetáculo reestreou anteontem no Rio.
Esta é a segunda peça de Norén montada por Bruce, que em 2016 apresentou “Demônios”, com sua Cia Teatro Esplendor, no SESC Copacabana.
Estamos vivendo um tempo em que presenciamos grandes massas humanas se movimentando em busca de um novo lugar no mundo. As guerras, os regimes totalitários e as crises econômicas tem redesenhado, por vezes de forma traumática, as ocupações humanas no planeta.
Mas esse não é um problema novo. Talvez só mais visível, hoje, aos olhos do mundo. Nem este, nem as tragédias universais embutidas nas relações humanas – ou na falta delas. E foi nessas feridas atemporais que Lars Norén, um dos mais importantes dramaturgos suecos vivos, resolveu tocar, nos idos anos 1990, com seu texto “Sangue”, agora montado pela primeira vez no Brasil.
“Sangue” é uma tragédia contemporânea. Partindo do clássico “Édipo Rei”, de Sófocles, Lars Norén constrói uma trama cuja estrutura segue as bases do gênero, empurrando, através de reviravoltas surpreendentes, os personagens aos seus destinos trágicos anunciados.
O Teatro Petra Gold fica na Rua Conde de Bernadote, 26 – Leblon. Quartas e quintas, às 20h. Preço: R$ 60 (inteira). Telefone: 2529-7700.
FICHA TÉCNICA
Texto: Lars Norén
Tradução: Karl Erik Schollhammer
Direção: Bruce Gomlevsky
Elenco / Personagem:
Luciana Braga / Rosa
Charles Fricks / Eric
Pedro Di Carvalho / Luca
Sura Berditchevsky / participação especial como Madeleine H
Cenário: Vinicius Fragoso e Bruce Gomlevsky
Figurino: Maria Duarte
Direção musical: Marcelo Alonso Neves
Luz: Felicio Mafra (Russinho)
Fotos: Dalton Valério
Realização: SESC Rio