Luis Miranda e Mateus Solano revivem ‘O Mistério de Irma Vap’

A fotógrafa e produtora cultural Priscila Prade detém, desde 2009, os direitos autorais de O MISTÉRIO DE IRMA VAP.  Em 2018, já com parte da equipe de criação definida, se associou ao também produtor Marco Griesi, juntos convidaram Jorge Farjalla  para dirigir a nova encenação da comédia de Charles Ludlam, que estreia no próximo dia 20 de junho no Teatro Oi Casa Grande. “Imaginei essa história como um grande parque de diversão. Criei a trama acontecendo dentro de um trem fantasma, que é o fio condutor do espetáculo. Trouxe para essa montagem, 4 jovens atores, nossos vodus, que fazem as trocas de figurino do Luis e Solano, executam  parte da trilha sonora ao vivo e ajudam a contar a história”, revela Farjalla. Todas as trocas e mudanças no cenário acontecem na frente do público, nada é escondido. “Nossa montagem é uma homenagem ao teatro, aos atores que fazem a magia teatral acontecer”, conta Mateus Solano. “Improvisamos em cena, cantamos e dançamos também. A peça contextualiza o momento artístico que vivemos. Irma Vap nos tempos de hoje, em 2019.”, destaca Luis Miranda.

       IRMA VAP é o anagrama de VAMPIRA. O autor americano Charles Ludlam, que também fazia o espetáculo como ator, estreou O Mistério de Irma Vap em 1984, como peça-paródia de filme de terror. É o texto mais popular da dramaturgia de Charles, falecido em 1987. O dramaturgo/ator fundou a Companhia Teatral do Ridículo, fez história e consolidou um gênero na Nova York dos anos 70 e 80. O MISTÉRIO DE IRMA VAP é um clássico da comédia americana. A primeira encenação brasileira estreou em 86, dirigida por Marília Pêra, com Marco Nanini e Ney Latorraca no elenco. A montagem se transformou em fenômeno mundial, entrando no Guiness World Book of Records como o espetáculo teatral que se manteve mais tempo em cartaz, com o mesmo elenco, em todos os tempos.

De onde vem a história de Lorde Edgar? Quem é Lady Enid, Jane e Nicodemo? São 6 personagens na trama de suspense e terror cômico. O diretor propôs um prólogo. Luis e Mateus entram em cena, com o figurino base e desejam MERDA. Abrem as cortinas e começa o desenrolar da história de Lorde Edgar Montepico, que está radiante de alegria com a chegada de sua nova mulher, Lady Enid, fruto de uma fulminante paixão. Mas a criada Jane, leal à ex-patroa, já morta, não admite a possibilidade de alguém substituir o lugar de Irma Vap – a falecida mulher de Lorde Edgar – e se tornar a segunda Lady Montepico.

O cenário de Marco Lima é um trem fantasma, com o carrinho utilizado de forma manual, artesanal e mecânica. Tudo construído com madeira, ferro e materiais simples. As luzes do cenário piscam e as portas abrem e fecham. Na montagem, os 4 atores “vodus contrarregras” – Fagundes Emanuel, Greco Trevisan, Kauan Scaldelai e Thomas Marcondes – fazem a movimentação do cenário. Todo palco está aberto, mostrando a caixa cênica, sem bambolinas, sem rotundas, revelando o maquinário do teatro e não escondendo nada. “O cenário foi inspirado no filme de terror dos anos 80, Pague para entrar, reze para sair. É todo teatralizado”, detalha Marco Lima.

O figurino de Karen Brusttolin é todo feito à mão, por uma equipe composta por sapateiro, chapeleiro, costureira, bordadeira, designer de adereços e envelhecimento. O tecido utilizado foi o jeans, para dar um ar contemporâneo.  São 7 trocas de roupa, referências e universos diferentes que transitam desde a era medieval até David Bowie. “Temos trocas de roupas muito rápidas. O diretor optou por revelar essas mudanças ao público. Pensei que este figurino deveria ser feito em camadas, criei a roupa “base” como bonecos de vodu. Depois disso fui lapidando cada roupa pensando nas necessidades de cada ator, para que essas trocas pudessem acontecer com fluidez”, conta Karen.

A iluminação de César Pivetti é quase uma personagem. São vários efeitos, 300 movimentos de luz. “Procurei usar algumas tonalidades que remetessem ao clima de trem fantasma e escolhi dois tons de lavanda. Posicionei as máquinas de fumaça, criando um pântano. Com os refletores de chão e com toda a possibilidade de cenografia, conseguimos criar essa região pantanosa”, comenta César.

A trilha musical de O MISTÉRIO DE IRMA VAP é quase cinematográfica, pontua as cenas e as ações dos atores. As escolhas foram feitas em cima da opção do diretor de ambientar a peça no trem fantasma. A referência, como já citada no release, foi o cinema de terror das décadas de 70/80. “Não é tão comum usar a música no teatro desta maneira. Eu bebi bastante a fonte do filme Pague para Entrar, Reze para Sair, por sugestão do Farjalla. Apesar do clima de terror, o humor está tanto na caricatura de cenário, figurino, atuação dos atores, quanto na música. Então essa caricatura do terror, da tensão, do suspense, traz consigo o humor, porque fica às vezes tão bizarro, que torna a coisa engraçada”, finaliza o diretor musical Gilson Fukushima.

O MISTÉRIO DE IRMA VAP, DE CHARLES LUDLAM

De 20 de junho a 28 de julho no Teatro Oi Casagrande

Quintas, sextas e sábados, às 20h e domingos, às 18h

Ingressos: Plateia Vip/Camarote: R$ 130 (quintas) R$ 140 (sextas) R$ 150 (sábados e domingos)

Plateia Setor 1: R$ 100 (quintas) R$ 110 (sextas) R$ 120 (sábados e domingos)

Plateia Setor 2: R$ 90

Plateia Setor 3: R$ 75

Classificação:  12 anos.

Duração: 100 minutos.

Gênero: Comédia.

FICHA TÉCNICA

Texto: Charles Ludlam. Idealização: Andrea Francez. Direção, encenação e dramaturgia: Jorge Farjalla. Elenco: Luis Miranda, Mateus Solano, Fagundes Emanuel, Greco Trevisan, Kauan Scaldelai e Thomas Marcondes. Tradução: Simone Zucato. Assistente de direção: Raphaela Tafuri. Direção de Produção: Priscila Prade e Marco Griesi. Produção executiva: Daniella Griesi e Fernando Trauer. Direção Musical: Gilson Fukushima. Cenografia: Marco Lima. Iluminação: Cesar Pivetti. Figurinos: Karen Brustolin. Fotografia: Priscila Prade. Comunicação Visual: Kelson Spalato e Murilo Lima. Redes Sociais: Tiago Cunha e Felipe Gonçalves: Mídia: Caio de Jesus. Assessoria Jurídica: Francez e Alonso Advogados. Produção de Elenco: Marcela Altberg. Realização: BricaBraque e TeTo Cultura.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Barata Comunicação

(Visited 126 times, 1 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *