Clara Nunes na voz de Sandra Portella
Cantora que concorreu este ano ao Prêmio da Música Brasileira apresenta dia 19, no João Caetano, tributo àquela que foi e sempre será uma das grandes cantoras deste país
A música sempre esteve presente na casa de Lecy do Samba, compositora ligada à Juventude Imperial de Juiz de Fora. Uma das muitas vozes que saiam do rádio de casa calou fundo na pequena Sandra Portella. Não uma voz qualquer, mas a de uma das maiores cantoras que este país já teve: Clara Nunes (1942-1983). O tempo passou, e aquela menina virou uma cantora, respeitada no seu meio. Tanto que, este ano, esteve entre as três indicadas ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Cantora de Samba. E nesse ínterim, os laços com o repertório de Clara só se estreitaram. A ponto de inspirar um show. “Sandra Portella canta Clara Nunes” será apresentado, dia 19 (quarta), no Teatro João Caetano, dentro do projeto 15 pras 7, idealizado pelo produtor João Luiz Azevedo. A apresentação contará ainda com as participações mais do que especiais do maestro Rildo Hora, de Marquinhos do Pandeiro, da Velha Guarda da Portela, e de Milton Cunha, mestre de cerimônias da noite.
E o roteiro do show traz 27 canções que, juntas, mostram o quão plural foi Clara Nunes. E não foi nada fácil chegar ao número final, oriundo de uma lista que inicialmente trazia 40 músicas, todas emblemáticas na trajetória da Guerreira. O público vai ouvir “Morena de Angola” (Chico Buarque), “Ijexá (Filhos de Gandhi)” (Edil Pacheco), “O canto das três raças” (Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro), “Conto de areia” (Romildo Souza Bastos/Antonio Carlos Nascimento Pinto) e “O mar serenou”(Antonio Candeia Filho) – estas duas reunidas num pot-pourri que inclui ainda “Deusa dos orixás”. O repertório traz também canções não exatamente lançadas por Clara, mas que ganharam na sua voz um registro expressivo. São os casos de “Alvorada” (Cartola/Hermínio Bello de Carvalho), “Lama” (Aylce Chaves/Paulo Marques) e “A felicidade” (Tom Jobim/Vinícius de Moraes).
Clara Nunes merece toda a nossa reverência. Essa inesquecível cantora terá sua história cantada pela Portela, escola do coração das duas cantoras, no Carnaval de 2019. Quando João Luiz Azevedo acenou com a proposta do show, a ideia era a de fazer uma homenagem a Azul-e-branco. Sandra Portella intuiu que ali estava a oportunidade de reverenciar aquela que é uma de suas maiores referências no samba (e na música). Quem a conhece sabe que ela não vai decepcionar.
Sandra Portella canta Clara Nunes
Projeto 15 pras 7
Produção e assessoria de imprensa do projeto: João Luiz Azevedo
Realização: Boca Fechada Produções Artísticas
Músicos (em ordem alfabética): Angelo Goulart (bateria), Eder Franco (violão), Jansen Narciso (percussão), Luiz Rachid (sopros), Rafael Crespo (cavaquinho), Thoddynho (percussão) e William Tonasso (baixo)
Serviço:
Data e hora: 19 de setembro (quarta-feira), às 18h45m
Local: Teatro João Caetano (Praça Tiradentes, Centro. Tel: 2332-9257)
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Duração: 90 minutos
Capacidade: 600 lugares
Classificação: Livre