Turíbio Santos celebra 80 anos Festival Instrumental Nacional, em São Luís

Show comemorativo será no dia 20 de agosto, último dia do festival, que começa em 18 de agosto

A programação é totalmente gratuita e inclui shows, workshops e uma aula-show

Um dos mais importantes músicos do país, Turíbio Santos completou 80 anos em 2023 e nada mais justo que o artista maranhense escolhesse sua casa para a grande celebração, com o show especialmente montado para a 2ª edição do Festival Instrumental Nacional (FINA), que acontece de 18 a 20 de agosto, novamente em São Luís, na Praça Maria Aragão. A apresentação de Turíbio está marcada para o último dia do festival, que reúne alguns dos maiores músicos do país, como Toninho Horta, Mestrinho, Carlos Malta e Pife Muderno, Cristina Braga, Ricardo Medeiros e Robertinho Silva, entre outros, com programação inteiramente gratuita. O projeto tem o Patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização Goldoni e Tiso Produções, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução.

O show de Turíbio Santos, além de celebrar os 80 anos, também presta uma homenagem a Villa-Lobos e João Pernambuco. O Festival tem idealização e curadoria de Giselle Goldoni Tiso, que almeja que a música instrumental seja cada vez mais apreciada. “Nossa missão no FINA é justamente democratizar o acesso e formar plateia. No Sudeste, há uma legião de apaixonados. Fora desse eixo, são poucos, mas fieis. Queremos ampliar cada vez mais.”

A programação visa contemplar a diversidade da música instrumental, dividida em três temas: a 1ª noite, clássicos e ritmos da MPB; a 2ª noite, do choro ao jazz e a 3ª noite, a MPB na música de câmara. Para Giselle, a dificuldade em montar o roteiro é sobretudo conciliar a agenda dos artistas, pois o Brasil tem alguns dos maiores músicos do mundo. “Somos um celeiro de grandes e distintos instrumentistas. Parti de alguns nomes importantes, como Toninho Horta, Turibio Santos, que é de São Luís e está comemorando 80 anos, Carlos Malta com Pife Muderno e Mestrinho. A partir desses nomes, criei a programação e estou feliz. Teremos um festival bem amplo e muito bonito neste ano também”, celebra.

A curadora faz questão de enaltecer a capital maranhense e a receptividade da primeira edição do Festival, não escondendo sua satisfação com o resultado. “São Luís é uma cidade muito musical, com manifestações fortes da cultura local, uma cidade aberta, cheia de praças aptas para receber shows e com um público ávido por assistir e conhecer grandes instrumentistas. Fomos muito bem recebidos.”

Embora o Brasil seja um país extremamente musical, nem sempre a porção instrumental consegue ocupar o espaço que merece. O objetivo do Festival é justamente reafirmar a grandeza da música instrumental brasileira e abrir um novo espaço para sua realização, ampliando o acesso da população a essa arte tão nobre e ainda não devidamente reconhecida. “Há ciclos, como em tudo na vida. Atualmente, estamos independentes de novo, o que é muito bom e dá bastante liberdade. O mercado se popularizou cada vez mais e de forma excludente, com músicas bem populares, deixando o segmento instrumental de lado (houve um período em que o mercado absorvia melhor). Isso acabou empurrando os instrumentistas para festivais e pequenos espaços. Mas sempre haverá público e eventos”, afirma Giselle.

Como na primeira edição, o FINA terá workshops e uma aula-show na Escola de Música “Lilah Lisboa de Araújo”, promovendo esse diálogo fundamental entre público e artistas. Os workshops serão ministrados por Rogério Caetano e Gian Correa – ‘Sete cordas, técnica e estilo’; e Toninho Horta – ‘O estilo Toninho Horta de tocar’. Já a aula-show será de Carlos Malta e Pife Muderno, com o tema ‘Esculpindo o vento: ritmos e melodias’.

A programação busca contemplar a representatividade de estilos e gerações. Cada convidado prestará uma homenagem a alguns dos maiores nomes da história da música brasileira. Fofo Black e Afrocongo: Edu Lobo; Carlos Malta e Pife Muderno: Gilberto Gil; Mestrinho: Dominguinhos; Tiago Fernandes e Quarteto Crivador: João do Vale; Rogério Caetano e Gian Correa: Waldir Azevedo; Toninho Horta: Luiz Gonzaga; Andrezinho: Milton Nascimento; Cristina Braga, Ricardo Medeiros e Robertinho Silva: Tom Jobim e Villa-Lobos. Por fim, Turibio Santos celebra 80 anos e presta uma homenagem a Villa-Lobos e João Pernambuco.

Nas três noites, serão realizadas ações de sustentabilidade, como parceria com ONG de reciclagem de lixo e medição de carbono para plantio de árvores na própria praça onde serão realizados os shows.

Giselle Goldoni Tiso faz questão de ressaltar ainda o apoio do Instituto Cultural Vale. “O patrocínio deles é fundamental. Sem uma parceria deste nível, fica difícil levar a música instrumental para o Nordeste e o Norte do país. É um segmento que necessita de apoio, de políticas públicas, de parceria dos institutos culturais das grandes empresas.”

Festival Instrumental Nacional – FINA 2022

Dias 18, 19 e 20 de agosto

  • Programação Shows

Local – Praça Maria Aragão

18/08 (sexta) – Clássicos e ritmos da MPB

Horário: 20h

1. Fofo Black e Afrocongo (abertura)
Homenagem a Edu Lobo

2. Carlos Malta e Pife Muderno
Homenagem a Gilberto Gil

3. Mestrinho
Homenagem a Dominguinhos

19/08 (sábado) – Do choro ao jazz

Horário: 20h

1. Tiago Fernandes e Quarteto Crivador (abertura)
Homenagem a João do Vale

2. Rogério Caetano e Gian Correa
Homenagem a Waldir Azevedo

3. Toninho Horta Trio
Homenagem a Luiz Gonzaga

20/08 (domingo) – A MPB na música de câmara

Horário: 18h

1. Andrezinho (abertura)
Homenagem a Milton Nascimento

2. Turibio Santos
Comemoração de 80 anos e homenagem a Villa-Lobos e João Pernambuco

3. Cristina Braga, Ricardo Medeiros e Robertinho Silva
Homenagem a Tom Jobim e Villa-Lobos

*Programação Atividades Educativas

Local: Escola de Música do Estado do Maranhão “Lilah Lisboa de Araújo”

17/08 (quinta)

Horário: 18h
Aula-show
Carlos Malta e Pife Muderno | Esculpindo o vento: ritmos e melodias

18/08 (sexta)

Horários: 14h e 16h30
Workshops
Rogério Caetano e Gian Correa, às 14h | Sete cordas, técnica e estilo
Toninho Horta, às 16h30 | O estilo Toninho Horta de tocar

Lei de Incentivo à Cultura, Patrocínio Instituto Cultural Vale, Realização Goldoni e Tiso Produções, Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução.

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