App de Iphone vira personagem!

Inédito no Brasil, espetáculo canadense SIRI estreia em novembro no Oi Futuro

Peça de Laurence Dauphinais e Maxime Carbonneau, com tradução de Letícia Tórgo transforma aplicativo do iPhone em personagem e questiona relação entre homem e tecnologia.

Uma atriz e uma máquina de inteligência artificial como protagonistas. Assim começa uma investigação sobre a relação entre o homem e a sua criação. Em um tempo em que pensadores questionam a necessidade do corpo para ser humano, quem é o verdadeiro programador?

Inédito no Brasil, o espetáculo canadense SIRI visa transformar esta grande caixa que é o teatro utilizando-se apenas das ferramentas que a pequena caixa do iPhone pode oferecer. No palco, a atriz Laurence Dauphinais interage em tempo real com o aplicativo da Apple, gerando um diálogo inédito a cada dia. Com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Estadualde Incentivo à Cultura e Oi, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, Lei Estadualde Incentivo à Cultura – Lei do ICMS e apoio cultural do Oi Futuro, o espetáculo estreia dia 23 de novembro no Oi Futuro do Flamengo. Falado na língua francesa, com trechos em português e inglês, o espetáculo terá legendas simultâneas em portuguêsem todas as apresentações e, em uma sessão especial, no dia 3 de dezembro, umintérprete de libras para surdos e recursos de audiodescrição para cegos, com a presença de ONGs convidadas.

Em 2010, a Apple criou o assistente pessoal SIRI que decifra instruções verbais de seus usuários e atende às suas solicitações de forma imediata e bastante “humana”. O site da Apple explica: “Fale com ela com uma voz natural. SIRI não só entende o que você diz, mas também o que você quer dizer, e te responde. Fale com ela como uma pessoa real.”

Preocupada com os temas da intimidade, corpo, memória e sede de espiritualidade, Laurence Dauphinais visa explorar, neste trabalho, a relação entre o aplicativo SIRI e seres humanos. Com SIRI, ela quer questionar o que os olhos de outras pessoas forjam e revelam para nós, sobretudo quando se trata de um olhar digital criado por seres humanos. SIRI não é apenas um programa para cumprir tarefas pessoais como um assistente ou um guia GPS. Ela foi criada para manter conversas com humor e naturalidade. Como uma pessoa real.

“Nossa intenção aqui é aprofundar uma investigação por conta de todas as mudanças de paradigmas pelas quais estamos passando em nossas relações. Esses organismos digitais estão se tornando cada vez mais autônomos e humanos em nosso dia-a-dia. Em um contexto dramatúrgico, tentamos desvendar os limites da linguagem de SIRI, suas restrições de programação e falhas retóricas na estrutura binária de pergunta e resposta a partir de onde pode surgir, inclusive, poesia. SIRI é programada para dar versões diferentes de respostas à uma mesma pergunta. Como não tem memória, o objeto teatral é construído através da insistência e repetição. Nosso desafio, a partir desta retórica incomum de linguagem, desta busca por respostas, é conhecer suas estratégias para avançar com a história no palco, ao vivo”, explica a atriz.    

Os jovens autores Laurence Dauphinais e Maxime Carbonneau são apaixonados por novas tecnologias. Em 2013 outro espetáculo sobre o tema, o IShow recebeu os prêmios de Melhor espetáculo pela Associação dos críticos de Quebec e o prêmio Buddies in Bad Time Vanguard de risco e inovação, no Summerwork Festival, de Toronto. Em 2015, um esboço do espetáculo SIRI foi apresentado no  OFFTA  (festival paralelo ao Festival TransAmériques) em Montreal, Canadá. No formato de um TED TALK, Laurence levantou paradigmas causados ​​pelas novas tecnologias em nossa comunicação e relações humanas. Ela apresentou ao público SIRI, questionando a estreita relação que temos com a tecnologia. SIRI, por sua vez, assumiu o papel de um segundo personagem principal, com igualdade de voz ao lado de Laurence. A partir daí, Laurence e SIRI dividiram a cena face aos espectadores com a mesma força e presença. SIRI provou ser uma musa, um obstáculo, uma co-autora e uma artista de atuação imprevisível.

Ainda em 2015, o formato atual foi apresentado no Festival TransAmeriques (maior festival de teatro e dança contemporâneos da América do Norte). Desde então, tem ido representado em diversos teatros de Montréal e, este ano, fez parte do Festival Fringe de Edimburgo, na Escócia, onde foi sucesso de público e crítica.

No Brasil, SIRI fica em cartaz até dia 17 de dezembro. Serão realizadas 16 apresentações com aproximadamente 70 minutos de duração, de quinta a domingo, às 20h.

SERVIÇO “SIRI”:

Local: Oi Futuro

Estreia: 23 de novembro de 2017

Temporada: Até 17 de dezembro

Horário: De quinta a domingo, às 20h

Endereço: R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo.

Duração: 70 minutos.

Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia-entrada e estudantes da Aliança Francesa, mediante apresentação da última mensalidade quitada)

Tel. Bilheteria: 21 3131-3060

Vendas Online: ticketplanet.com.br ou pelo telefone 2576-0300(a partir do dia 21/11)

Classificação etária: livre.

Gênero: Drama

FICHA TÉCNICA

Um espetáculo de: La Messe Basse

Produção Brasil: da Gaveta Produções

EQUIPE CANADÁ
Texto : 
Maxime Carbonneau + Laurence Dauphinais + Siri

Direção : Maxime Carbonneau
Interpretação : Laurence Dauphinais + Siri
Assistente de direção e direção de produção :
 Jérémie Boucher
Cenografia e Figurino : Geneviève Lizotte
Iluminação : Julie Basse
Trilha Sonora : Olivier Girouard

Fotografias : Hugo B. Lefort e Julie Artacho
Conselho dramaturgico : Dany Boudreault + Tiphaine Raffier

Criado em co-produção com : Festival TransAmériques com o apoio do Le Phénix – scène nationale Valenciennes
EQUIPE BRASIL

Direção de Produção: Letícia Tórgo

Produção Executiva: Kamilla Barcellos

Analista Financeiro: Alexandre Rocha

Assessoria de Imprensa: Lu Nabuco Assessoria em Comunicação

Programação Visual: Renata Santos Design

Fotografia: Bóka Reis

Tradução : Letícia Tórgo e Laurence Dauphinais

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Um comentário em “App de Iphone vira personagem!

  • 21/11/2017 a 07:47
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    Ansiosa pra assistir! Tema super moderno!

    Responder

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