Artista multimídia, Mari Blue lança seu mais novo álbum, “Entre”

O trabalho coloca em evidência o lado multifacetado e sensível da cantora, que assina todas as faixas, produção musical, direção artística, gravação e mixagem

Após o lançamento do primeiro single em agosto, a artista mineira radicada no Rio de Janeiro Mari Blue lança no dia 18 de setembro seu quarto álbum de estúdio, “Entre”. Totalmente autoral, a obra traz à tona o perfil multifacetado da cantora, destaque na cena independente nacional nos últimos anos. Mari é responsável por todo processo criativo do disco, desde as composições (tendo parcerias com nomes como Mário Wamser, Puppi, João Bernardo e Roberto Callado) até a produção musical, direção artística, gravação, mixagem e execução da maior parte dos instrumentos. Produzido em meio à pandemia da Covid-19, a gravação contou com apoio do edital Cultura Presente nas Redes da SECEC-RJ.

Com sonoridade leve e agradável, o álbum traz temáticas psicológicas e ligadas à filosofia em todas as faixas, exacerbando a ingenuidade e a vulnerabilidade do ser humano ao lidar com a própria existência. Contradição também é um tema recorrente e nem sempre trabalhado como algo pejorativo. O disco expõe ainda a inspiração feminista presente na vida da artista.

A arte da capa e os nomes das canções já abrem as portas para a estética surrealista que Mari admite ter influência: “Penso, logo invento”, “As pessoas não querem o que elas pedem” e “A música não existe”, são alguns exemplos. “O amor é livre”, título do single que precedeu o álbum, traz o assunto mais corrente na história da música, entretanto com abordagem destoada do convencional, convidando os ouvintes a saírem da caixa.

“Entre é um convite para entrar num universo infinito que muitas vezes atordoa, mas que aqui quero apresentar com leveza, é um convite para sermos mais criativos e menos dogmáticos, legisladores e não somente juízes. “Entre” é o espaço onde moram as possibilidades, entre eu e tudo que pode existir, onde tudo se cria. Entre!”, declara a artista. 

O álbum dialoga com a atual música alternativa, tendo influências de timbres vintage, sobretudo da MPB dos anos 70 e 80. Como uma boa boa mineira, Mari admite ter ouvido muito Lô Borges e Beto Guedes, trazendo referências da música de sua terra natal.  A maior parte das faixas é conduzida por pianos, com excessões de “Entre”, que fecha o disco, e tem participação especial de Mário Wamser na guitarra, e “Mão Toca Mão”, um duo de violoncelo e voz com Puppi, formação que eles pesquisam juntos desde 2012.

A gravação de grande parte do projeto foi feita em casa durante a quarentena. Mari, que também trabalha como técnica de áudio, gravou e mixou o próprio trabalho. A masterização é de Diogo Guedes, engenheiro de áudio vencedor do Grammy Latino, e do estúdio Absolute Master (SP).

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